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Inovação e criatividade para a nova educação superior

Por Celso Niskier,

Faz algum tempo que criatividade deixou de ser um substantivo relacionado exclusivamente às pessoas que são criativas na sua essência para tornar-se uma competência buscada por todos – e em todos – os indivíduos. Esse movimento se expandiu a ponto de criatividade e inovação se tornarem requisitos fundamentais para a diferenciação e a sobrevivência de empresas e entidades de todos os setores e tamanhos.

Essa realidade faz parte das disrupturas trazidas por este século 21 e foi intensificada nos últimos dois anos, dados os desafios impostos pela pandemia de Covid-19. Na área educacional, o cenário não é diferente e as inovações implementadas para garantir a continuidade das aulas em uma situação de distanciamento social não são suficientes.

Pelo contrário, mais do que nunca precisamos lançar mão de recursos como a criatividade e a inovação para construir uma educação superior que dialogue com o mundo pós-pandemia. Trata-se de um desafio novo, diferente de tudo o que havíamos imaginado, até 2020, para o futuro da formação educacional em nosso país e no planeta.

E exatamente por ser uma novidade, não existem fórmulas prontas para serem aplicadas pelas instituições de educação superior. Por ora, a única certeza é a de que tanto a criatividade quanto a inovação serão fundamentais na escrita desse novo roteiro. Se por um lado isso preocupa, por outro estamos diante de uma oportunidade ímpar de construirmos esse novo ensino coletivamente.

Com o objetivo de jogar luz sobre esse contexto e dar início ao desenvolvimento de um novo ensino superior, o XIV Congresso Brasileiro da Educação Superior (CBESP) reunirá, entre 5 e 7 de maio, renomados especialistas que vão apresentar e debater diversos aspectos envolvidos nessa construção como, por exemplo, experiências internacionais, projetos criativos e inovadores, características de instituições criativas e inovadoras, relação entre criatividade e educação, além da importância de o país contar com políticas públicas educacionais que também sejam criativas e inovadoras.

A programação inclui, ainda, cinco oficinas temáticas por meio das quais os participantes poderão se aprofundar na questão que tiverem mais interesse, a saber: Criatividade e Inovação como Elementos Essenciais na Educação Superior Transformadora; Quadrantes Híbridos como Inovação Curricular na Educação Superior; Curricularização da Extensão no Pós-pandemia; Modelos Pedagógicos Criativos e Inovadores como Saberes e Fazeres na Educação Superior; Avaliação Externa Virtual in loco Como Inovação no Contexto do Sinaes.

Junto a tantas mentes brilhantes – como o empresário e publicitário Nizan Guanaes, só para dar um exemplo –, reitores, mantenedores, gestores, autoridades governamentais e políticas, renomados educadores e formuladores de políticas públicas para a educação estarão empenhados, ao longo dos três dias, em encontrar soluções para a educação superior no pós-pandemia.

Sua IES está preparada para essa nova educação superior? O quanto ela tem sido criativa e inovado? Independentemente da resposta, é pouco provável que o quadro atual – ou o planejado – seja suficiente. Existe um universo muito amplo a ser explorado e o XIV CBESP está chegando para nos apresentá-lo. Eu já garanti a minha participação, e você?

Fonte: ABMES